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terça-feira, 15 de junho de 2010

As margens de um rio...



Primeiro Texto,


O que escrever? O que expressar?


É como muitos momentos em nossa vida onde desejamos ter as melhores palavras, as melhores representações; Tudo para garantir reconhecimento.


Este pode até ser meu propósito, (seria hipócrita em dizer que não gosto de ser reconhecida) mas não é a essencia da minha vida.





Escolhi uma frase e uma imagem, da qual gosto muito, para o primeiro texto.

"Olhe para você, e você vai encontrar em toda a longa jornada de sua vida apenas ódio, solidão, desespero, ruína e decadência. Mas olhe para Cristo e você vai encontrá-lo, e com ele tudo o mais que você necessita" (Clive Staples Lewis, em sua última palestra "o novo homem")

Olhe para você!

É interessante como nos filmes e desenhos, sempre que os personagens se deparam com sua realidade, encontram-se em uma margem de rio.

A margem de um rio, proporciona olhar o reflexo. Muito além de sutis ondas, nós leva as profundezas de nossa realidade.

Olhe para você! Lewis, nesta frase nos confronta; nos aborda; nos leva até a margem do rio, para dizer que nós somos piores do que imaginamos.

Foi isso que encontrei em minha vida quando percebi minha realidade. Disfarcei meus muitos "eus", para parecer agradável(a tudo e a todos), e aos poucos não consegui mais enxergar o que realmente sou.

Então fui levada a margem de modo doloroso. Analisar sua vida, encontrar em você um pecador, ir ao profundo de seus anceios e desejos. É mais doloroso do que se imagina.Porém, NECESSÁRIO.

Nós somos assim, rudes, egoistas, amargos, cruéis, dentro de nós existe o pior ser humano da face da terra.Somos horrivéis em nossa natureza...ME DESCULPE, OLHE PARA VOCÊ! VOCÊ É ASSIM!!!

...

Mas, sobre a margem de um rio, se encontrou toda existência, todo sentido da vida, toda natureza do mais puro e perfeito amor.

A representação magnifica da Trindade, a expressão de um Pai, surtado, envolto, louco de amor.

Assim, foi o Batismo de Jesus. E ao me deparar com o humilde carpinteiro, nascido em uma manjedoura, muito além da suposição humana, mais ainda dos nossos entendimentos.

Quando me deparo com o homem que "eu matei" pelos meus delitos, me deparo com a minha pior natureza...Mas encontro nele tudo o que preciso, encontro nele o sentido e amor que o meu pior "eu", carece...

Ele simplismente me quiz, mesmo sabendo que poderia não amá-lo...Ele me amou, mesmo sabendo que poderia machucá-lo...

As margens de um rio, eu encontrei a conforto deste Pai.

Não me preocupas mostrar a Ele quem eu sou. Me preocupas continuar escondendo aquilo que imagino ser.

Posso estar sozinha a margem do rio. Mas ainda assim, encontro Ele comigo.

Olhe para você, desprezivel cria de um Criador APAIXONADO!

não se escondas, Olhe para você!!!

...

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